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GEPE HUMANAS é um grupo de estudo, pesquisa e extensão da Universidade Federal de Itajubá. Professores, pesquisadores e alunos entrelaçam as linhas de um pensar e de muitos fazeres que se entrelaçam e constituem um espaço de produção e de vitalidade acadêmica. Apostando na cooperação e na diversidade proporcionada pela área de Humanas, compartilhamos aqui nossas atividades, nossos projetos, alguns passos dados e muitos sonhos traçados. Sonhos de educadores que somos.
Revista Aman-ti-kyr

Mãos dadas
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a enorme realidade
.O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
Não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
Não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens
presentes, a vida presente.
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Notícias:
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A professora Dra. Rita Stano participou, no mês de junho, como convidada especial, do Seminário Internacional “Reflexiones sobre la practica docente”, da Universidad Autónoma de Bucaramanga – Colômbia. Leia a matéria inteira aqui.
Atividade realizada:
Roda Pedagógica "Na Medida Certa"
"Lá estávamos nós, atentos à saga da Girafinha Benedita que , com seu pescoço engalhado (que termo, não?!) e com o seu amigo Mede-palmo, mobilizou bichos de variadas espécies para ser resgatada da árvore e do olhar curioso do papagaio.
Fomos um grupo de alunos produtivos, alegres, risonhos. Realizamos e apresentamos as atividades de grupo, nos deliciamos com os resultados, nos fartamos de leituras....Muito além da história da Benedita, a girafinha.
Cada ato, outras palavras, o intervalo entre o fazer e o falar provocaram reflexões, iluminaram frases, abriram espaços para uma discussão sobre avaliação em EaD. Tutores e professores, em suas singularidades, pensando e dizendo sobre a ação avaliativa e seu caráter sistemático, contínuo, holístico, inclusivo. Customizar a avaliação? Redefinir e rever os critérios? Lembrar sempre que o avaliar supõe melhoria do próprio ensino?
Não havia café, mas nos alimentamos do riso, do prazer de ali estar compartilhando o que fazemos, dizendo as nossas dúvidas, testemunhando práticas.
Uma roda feita de história, interdisciplinaridade e singularidade. E é neste intercurso que vamos nos reescrevendo sempre como grupo.
Foi um prazer estar com vocês....e, me rendo ao Papagaio!!!! Por isso, aqui estou, contando um pouco de uma terça-feira de maio, quando estivemos juntos.Literalmente papagaiando com vocês.
Mais adiante enviarei as discussões que efetuamos sobre avaliação. Agora, só quis mesmo me redimir com o papagaio.
Obrigada pelo presente que nos deu, Luciana. E obrigada a todos que se fizeram presentes conosco."
A partir da história da Girafa Benedita, o Grupo de Educação e Humanidades, realizou uma roda pedagógica com o objetivo de refletir acerca do processo avaliativo que perpassa os Cursos de Especialização a Distancia em Gestão de Pessoas e Projetos Sociais e de Gestão Educacional. Professores, coordenadores e tutores dos dois cursos,periodicamente, participam,desde 2008, na Unifei, do Programa Rodas Pedagógicas. Trata-se de um conjunto de atividades de formação continuada em que, por meio de outras linguagens e metaforizando a educação e em especial, a educação a distancia, cria-se um espaço de reflexão, compartilhamento e construção de conhecimentos acerca das práticas de ensino. Em cada Roda Pedagógica, um integrante do próprio grupo dirige a atividade, correspondente a uma habilidade específica ou hobby, compartilha com o grupo a sua competência em determinada área e propicia o pensar coletivo, a reflexão rigorosa acerca de um tema relacionado à educação a distancia.
Na Medida Certa foi uma Roda Pedagógica comandada por Luciana Mendonça, designer instrucional dos referidos cursos de especialização a distancia e professora da Educação Básica. Trabalhando há anos com Ilha de Interdisciplinaridade Racional e por meio da Literatura Infantil, a Roda Pedagógica teve o título coerente e adequado ao tema proposto para tal roda, a questão da avaliação.
Ao contar a história da Girafa Benedita, com ilustrações registrando cada momento da trama, percebemos o caráter cuidadoso necessário o planejamento de qualquer atividade de ensino. Os recursos didáticos, confeccionados, desenhado e pintados apontam para a importância da preparação da aula e para o compromisso do professor em relação ao aprendizado do aluno. Ao mesmo tempo em que a história era contada e as atividades posteriores foram sugeridas e realizadas em díade pelo grupo, a professora Luciana definiu as etapas que delineiam uma Ilha Interdisciplinar Racional, a saber: (a) Situação-problema; (b) Clichê; (c) Consulta; (d) Caixas-pretas.
As díades(e alguns trios) foram formados e convidados a realizar atividades distintas a partir da história contada como Medidas, História Recontada, Classificação, Interpretação, Confecção-arte de bichos.
Na discussão dos resultados destas atividades, o grupo já inicia a reflexão acerca da avaliação, ao se observar o quanto os aprendizes são diferentes e, em suas diferenças, se complementam para se mobilizarem para o aprendizado. Como, pois avaliar os alunos, considerando suas diferenças e capacidades diversas, com o mesmo instrumento de avaliação?
No movimento entre o fazer e o pensar a avaliação professores, tutores e coordenadores discutiram o sentido da avaliação como medida, que restringe o olhar do professor e exclui alunos. E discutiram sobre o que confere legitimidade ao processo avaliativo, ou seja, a avaliação como processo sistemático, contínuo, funcional, orientadora, integral, inclusiva, qualitativa/quantitativa e relacional. Cada item suscitou reflexões, depoimentos, aprendizado acerca dos erros que incorremos quando avaliamos apenas um aspecto do aluno, quando desconsideramos as diferenças, quando os desafios não são devidamente dosados.
E, especificamente, a avaliação realizada nos cursos a distancia, deve levar em consideração alguns princípios, elencados pela professora Luciana e ressignificados pelo grupo, a saber:
- Aprendizagem colaborativa promove a busca e o desenvolvimento da autonomia do aluno a distancia
- Importância dos que trabalham em EaD desenvolverem novas competências como o uso didático das nuvens,bem como aprender e explorar outros modos de ensinar e aprender como M-learning, Moocs, os REAs
- Necessidade de sempre aprimorar os indicadores de desempenho que correspondam à diversidade e contextos de aprendizes
- Realização de estudos e análises dos estilos de aprendizagem dos alunos que optam pela EaD a fim de minimizar os riscos de enganos no processo avaliativo
- Desenvolvimento de destreza tecnológico-midiática a fim de que a as atividades mediadas tenham efetividade no aprendizado do aluno
Ao final, avaliando a própria Roda Pedagógica sobre avaliação, fez-se um exercício avaliativo da figura do Papagaio na história. O Papagaio foi o responsável indireto pelo " pescoço engalhado" da girafa Benedita porque ao olhá-lo e admirá-lo, Benedita perdeu-se no emaranhado da floresta. E durante todo o esforço de seus amigos, comandados pelo Mede-Palmo, o Papagaio ali ficou, apenas olhando, sem se envolver na busca de solução para a problemática da girafa. O que foi o Papagaio? Talvez seja ele o representante do olhar avaliativo, que se distancia para melhor analisar o contexto? Ou, quem sabe o Papagaio seja o sujeito que registra e confere história às vivências coletivas? É a avaliação, como processo, que tem o registro e a marca do caminho do aprendizado, que delineia os desafios, que legitima os passos de aprendizes. Papagaio é um dos sujeitos da avaliação? Perguntas estas que foram elaboradas no diálogo e na construção coletiva acerca dos riscos e possibilidades da Avaliação. As respostas? Estas serão reformuladas, revisitadas em cada conversa e em cada exercício avaliativo a ser planejado e/ou executado. Porque as rodas, pedagógicas ou não, não tem ponto final, apenas circularidade de sentidos.
Esta Roda Pedagógica, desenvolvida com a leveza própria da Literatura Infantil mostrou que é possível aprender a partir do simples e que, pela colaboração, aprendemos a respeitar e confiar no tempo do outro de aprender. E, mais uma vez, aprendemos um pouco mais sobre um integrante (Luciana) do grupo e descobrimos ou reforçamos habilidades que nos definem e nos tornam únicos para, nesta diversidade, sermos eternos aprendizes da Educação.
PROFª. DRA. RITA DE CÁSSIA MAGALHÃES TRINDADE STANO
A revista Aman-ti-kyr é um espaço para todos os pesquisadores e pesquisadoras que queiram compartilhar suas dúvidas, seus insights, seus avanços teóricos e investigativos com outros estudiosos da área das Humanidades.Pretendemos, porém, não ser apenas “mais uma revista’ no universo de divulgação dos saberes acadêmicos, mas um espaço de interlocução real e de aprofundamentos teórico-metodológico das ciências dedicadas à Eduacação, ao humano, às linguagens, à cultura e à interdisciplinariedade.
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No mes de julho aconteceu o encontro dos polos GPPS, veja as fotos por aqui.